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A Serpente
Direção: Antonio Guedes
Texto: Nelson Rodrigues
Cenografia: Bosco Bedeschi
UM THRILLER DE AMOR E MORTE
A construção da cenografia apoiou-se a na ideia de tabuleiro, algo que estabelece e delimita o espaço para um jogo: a encenação. As fronteiras e os limites do ser humano são postos a prova o tempo todo na obra de Nelson Rodrigues. Ele abala as nossas certezas, fragiliza o nosso senso de moral com a densidade de seus personagens e conflitos. Sua escrita de pontuação precisa nos remete a uma partitura musical.
A partir dessas características da obra literária, a cenografia se estabelece em rotas no espaço através de planos elevados, ligados por rampa a um centro vazio numa configuração de arena. Esse vazio age como um vórtex, um olho de furacão, ora recebendo a ação, ora sendo o ponto de equilíbrio de um movimento pendular dos atores. Eles o atravessam como organizando o tabuleiro para estabelecer o próximo acontecimento do jogo.
Este projeto recebeu o prêmio de melhor cenografia no FITUB - Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau 2010